“Você acha que não machuca porque não vê sangue”

Vamos falar sobre violência doméstica?

Lei 11.340/2006 Considera o crime de violência doméstica e familiar contra a mulher como sendo “qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial”.
  • Violência Física: Agressões físicas como tapas, socos, chutes, estrangulamento, entre outros atos que causam dor ou lesões físicas.
  • Violência Psicológica: Ações que causam danos emocionais, como humilhação, insultos, ameaças, manipulação, isolamento social e controle excessivo.
  • Violência Sexual: Qualquer ato sexual forçado ou indesejado, incluindo estupro, coerção sexual e abuso sexual.
  • Violência Financeira: Controle sobre os recursos financeiros da vítima, impedindo-a de trabalhar, controlar seu próprio dinheiro ou acessar recursos financeiros.
  • Violência Moral: Difamação, calúnia, injúria e qualquer comportamento que prejudique a reputação ou a moral da vítima.
  • Violência Institucional: Quando instituições públicas ou privadas, por meio de seus agentes, negam serviços ou tratam inadequadamente indivíduos, muitas vezes baseada em preconceitos.
  • Violência Patrimonial: Destruição, subtração ou retenção de bens, documentos pessoais, instrumentos de trabalho ou recursos econômicos da vítima.

Normalmente os primeiros sinais são os psicológicos através de sugestões em relação a como você deve agir. Ou, em relação à ciúmes ou ao que você faz. E como identificar os sinais?

Sinais Psicológicos:

  • Baixa autoestima: Sentimentos constantes de desvalorização, inutilidade ou culpa.
  • Ansiedade e depressão: Sentimentos frequentes de tristeza, ansiedade ou pânico em relação ao parceiro.

Sinais de Controle:

  • Isolamento: Seu parceiro desencoraja ou impede você de ver amigos e familiares.
  • Monitoramento: Seu parceiro controla seu telefone, redes sociais ou e-mail, ou exige saber onde você está o tempo todo.

Sinais Econômicos:

  • Dependência financeira: Seu parceiro controla suas finanças, impede você de trabalhar ou controla o acesso ao dinheiro.
  • Permissão para gastar: Você precisa pedir permissão para gastar dinheiro ou fazer compras.

Sinais Sexuais:

  • Coerção sexual: Seu parceiro força ou pressiona você a ter relações sexuais contra sua vontade.
  • Desconforto com intimidade: Sentimentos de medo ou desconforto em relação à intimidade sexual.

Sinais Comportamentais do Parceiro:

  • Ciúmes e possessividade: Seu parceiro demonstra ciúmes extremos, acusações infundadas ou possessividade.
  • Explosões de raiva: Comportamento agressivo, raivoso ou violento sem motivo aparente.
  • Desvalorização: Seu parceiro constantemente o insulta, humilha ou desmerece, especialmente na frente dos outros.

Sinais Ambientais:

  • Ambiente tenso: A casa ou o ambiente doméstico parece constantemente tenso ou carregado, e você sente desconforto ou medo.

Sinais de Comportamento:

  • Mudanças de comportamento: Você percebe mudanças significativas em seu próprio comportamento, como medo constante, andar na ponta dos pés para evitar conflitos ou mudar suas ações para evitar a ira do parceiro.

O Que Fazer:

  • Confie em seus sentimentos: Se algo parece errado, confie em seus instintos.
  • Fale com alguém de confiança: Compartilhe suas preocupações com um amigo próximo, familiar ou profissional.
  • Procure ajuda: Contate organizações de apoio a vítimas de violência doméstica ou procure ajuda profissional.
  • Planeje sua segurança: Se necessário, elabore um plano de segurança para sair de uma situação perigosa.

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Você não está sozinha!

Procurar ajuda e denunciar o agressor é um ato de coragem e um direito. Reconhecer um relacionamento abusivo é um grande passo, você protege a si mesma e inspira outras mulheres. Há uma rede de apoio pronta para te ajudar. Denunciar pode ser assustador, mas é o primeiro passo para recuperar sua liberdade e dignidade. Procure ajuda. Denuncie. Você merece viver em paz e ser tratada com respeito e dignidade.